Uma formiga pensante...

Mais um dia ensolarado do ocioso mês de Julho em Campinas. E eu estou em uma daquelas situações em que olho pra pilha de livros e apostilas que eu deveria estar estudando e suspiro tão demoradamente que sinto meus pulmões enchendo meu peito. Então vou e olho no espelho suspirando novamente. Nada feliz com o que vejo, com o que me tornei e o que fiz do meu tempo livre. Vários adjetivos me passaram pela cabeça, adjetivos que eu até poderia suportar mas então outro tipo de pensamento toma o lugar deles, penso em tudo o que poderia ter feito, no que ficou para traz .E de repente não estou mais pensando sobre um mês ruim e sim refletindo sobre toda a minha vida. Sobre tudo o que gostaria de ter alcançado e, obviamente, não alcancei. Tudo o que queria ser mas não sou.
Antes de ficar deprimido com toda essa crise existencial eu reparei que apesar de minha vida não ter saído como o esperado eu ainda sim estava feliz. Claro que não estava pulando de alegria por ai cantando ‘Rain Drops Fallen on my Head’, mas eu ainda tinha amigos com quem contar, bom animo e o mais importante: Eu sabia o que eu queria da minha vida. Eu não tinha alcançado meus objetivos mas sabia quais eram. Eu sabia pelo que eu tinha que lutar, o que desejava alcançar. Eu tinha algo pelo qual lutar e acho que isso já foi o suficiente. Tudo o que me falta agora é uma atitude.

“O que nos define não é o que vemos no espelho, mas o que sonhamos ver” (essa frase é minha *--*)