Ele era um daqueles garotos que queriam ser livres, mais que tudo. Ele tinha uma tal de sede de viver, de conhecer, explorar. E quando saciava sua sede, em grandes e demorados goles, ninguém mais o podia entender, por mais que quiséssem. Nunca se viu um semblante assim, tão encantado. Todos pediam para que ele explicasse o que sentia, o porque que ele se encontrava assim. Mas o que poderia ele dizer? Eles nunca entenderiam. Afinal, eles tinham a vida como um habito qualquer, enquanto ele se apaixonava por ela cada vez mais.
Vai deixar meu ego muito mais seguro se eu avisar logo que esse é o meu primeiro conto, com exceção dos contos que fiz pra escola e afins. Então, por favor, cuidado com meu primogênito.

"Passando pela quinta-feira..."

Eu encontrei ela essa semana, atrasado como sempre. Mal a cumprimentei e já estava saindo, quando ela me parou e disse:

-Ei, você não vai nem parar para me dar um abraço?

-Me desculpa, você me conhece, eu sou apressado assim, já tenho que ir correndo.

-Não, espera ai. Mas você não pode parar nem um pouquinho? Talvez pra tomar um café comigo, escutar uma música e ficar pensando na vida? Como a gente costumava fazer.

-Ah, mas isso foi nas férias, eu tinha muito mais ‘tempo’ entende?!

-Não, eu não entendo não. Você só me da valor nas férias, agora até parece que você quer que eu vá embora o mais rápido possível. Eu sou tão especial quanto os outros sabe?! Mas você é assim, ocupado demais pra perceber. Mas você vai ver, no meu próximo feriado vou embora rapidinho, só pra ver a sua cara de saudade.

E ela foi embora, sem nem dar tchau. Mas não tem problema, semana que vem ela volta e eu peço desculpas e quem sabe até não acho um tempinho pra ela?! Agora me dê licença que eu já estou atrasado para o sábado.
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