A arte de não fazer nada.

Eu ja não consigo mais ligar meu computador e utilizar apenas uma de suas funções. De uma maneira quase automática eu ja abro incontáveis janelas e programas logo que digito minha senha de entrada. Essa força quase sobrenatural que me liga a tudo tornou difícil pra mim estabelecer um valor para as coisas que faço aqui. O valor de um artigo, o valor de uma conversa, já que são tantas e quase sempre tão superficiais. Eu posso sentir a mim mesmo me perdendo nelas logo depois do primeiro "tudo bem?". Porque uma conversa no telefone ou pessoalmente é tão mais marcante e 'lembravel' que uma conversa no messenger?
Existe um ditado italiano que diz que mais importante que saber fazer algo é saber não fazer nada. Que seria saber apreciar não só o ócio, mas cada situação, cada ação ou momento individualmente e reconhecer um certo valor nisso. Seria algo como saber apreciar uma boa comida, por mais simples que seja, ao invés de engoli-la rapidamente ( algo diferente do conceito de fast-food ). Ou saber talvez apreciar uma música, saber escutá-la, concentrar sua atenção nela ao invés de dividi-la com outras milhares de coisas. E quem sabe saber apreciar uma boa conversa, a presença consciente de uma outra pessoa, a troca de conhecimento e de ideias.
Chega a ser engraçado como achamos que isso é normal em nossas vidas, quando na verdade é muito raro. Se fosse normal sua janela do msn não teria piscado nenhuma vez enquanto você me lia.

1 Response to "A arte de não fazer nada."

  1. Juka says:

    VOCÊ descreve o que penso, o que sinto, com as palavras que eu usaria. Você parece entrar dentro de mim, dentro da minha alma, antes de pensar em cada vírgula.
    É uma honra que você peça minha opinião, porque, na boa, te acho sensacional.

    <3

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